Partindo da lógica indicadora de que a autocura é a única cura possível, a consciencióloga e educadora Málu Balona propõe novos modos de encarar a necessidade pessoal de renovação. E vai além. Apresenta conceitos, técnicas e hipóteses para a promoção da autocura nos relacionamentos afetivos, evidenciando a importância das reconciliações para a melhor convivência da pessoa em grupo e consigo mesma. Segundo ela, “a reconciliação sadia de hoje é necessária para recompor a conciliação imatura de ontem”.
Ela explica que a reconcliação é importante “pela liberação de energia que ela gera. Ao acertar os nossos passos com aqueles que convivem conosco, passamos a dispor de mais energia. A energia que se mostrava negativa, pois estava em inércia, bloqueada na manutenção do ressentimento, passa a ser direcionada para a realização das novas metas afetivas. Com isto, nossa energia se movimenta, se torna dinâmica, positiva e os resultados não tardam a aparecer”.
Para a obtenção de maior equilíbrio emocional, a consciencióloga ensina que o melhor é “não correr da raia, como se diz popularmente. Não varrer o lixo para debaixo do tapete. Emoções negativas merecem ser estudadas, compreendidas, caso contrário farão mal à saúde. É preciso enfrentar, de uma vez por todas, a nossa vida emocional. Emoção desequilibrada pode matar uma pessoa. É preciso partir para a ação. Vale a pena! No dicionário etimológico, procurar, pro-curare, tem uma raiz latina que significa buscar a cura. E quem procura, acha, questionando, por exemplo: O que está errado comigo? Qual é o verdadeiro motivo da minha insatisfação?”
Texto de Daniel Muniz