quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DUPLA VISTA- MEDIUNIDADE



Dupla vista é o efeito da emancipação da alma que se manifesta no estado de vigília. Faculdade de ver as coisas ausentes como se estivessem presentes. Aqueles que dela são dotados não vêem pelos olhos, mas pela alma, que percebe a imagem dos objetos por toda parte onde ela se transporta, e como por uma espécie de miragem. Esta faculdade não é permanente. Certas pessoas a possuem sem saber: ela lhes parece um efeito natural, e produz o que denominamos visões. 


dupla vista, é a faculdade de perceber pelos olhos da alma, sem que para tal, seja necessário o estado sonambúlico, em outros termos, sem que o percipiente entre em transe profundo.

A dupla vista seria uma faculdade permanente das pessoas que a possuem, embora não estejam continuamente em exercício da mesma. (q. 448 LE). É uma faculdade que se manifesta de forma espontânea, embora a vontade de quem a possui tenha um papel em seu mecanismo e possa desenvolver-se com o exercício. Da mesma forma que a mediunidade, há organismos que são refratários a esta faculdade, e a hereditariedade parece desempenhar algum papel na transmissão da mesma. Kardec fez uma descrição das alterações psicofísicas que o portador da dupla vista ou segunda vista costuma apresentar (q. 455 LE):

"No momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o estado físico do indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda a sua fisionomia reflete uma como exaltação. Nota-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenômeno, pelo fato de a visão persistir, mau grado à oclusão dos olhos. Aos dotados desta faculdade ela se afigura tão natural, como a que todos temos de ver. Consideram-na um atributo de seus próprios seres, que em nada lhes parecem excepcionais. De ordinário, o esquecimento se segue a essa lucidez passageira, cuja lembrança, tornando-se cada vez mais vaga, acaba por desaparecer, como a de um sonho. O poder da vista dupla varia, indo desde a sensação confusa até a percepção clara e nítida das coisas presentes ou ausentes."

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